segunda-feira, 28 de junho de 2010

O último cheque

Pense numa mulher vingativa!

A filha fará 18 anos e o pai está todo feliz por emitir o último cheque da pensão que é paga à ex-mulher, há 17 anos e 11 meses. Ele pede para a filha levar o cheque e retornar rapidinho, para contar-lhe como ficou a cara da babaca da mãe dela ao dizer-lhe que era o último cheque que ela veria da parte dele. A filha entrega o cheque à mãe, ouve o que ela diz e volta para a casado pai, para dar-lhe a tão esperada resposta.

- Diga-me, filha, qual foi a reação da babaca da sua mãe!

- Ela mandou dizer que você não é o meu pai!

Terapia de casal

Um casal vai a um psicólogo, após 20 anos juntos. Chegando no consultório, o terapeuta, jovem, bonitão, super malhado, pergunta qual é o motivo da consulta, e a mulher responde:

-Pouca atenção, falta de intimidade, vazio, solidão, não me sinto amada e desejada... e por aí vai.

O psicólogo se levanta, se aproxima da mulher, pede que ela também se levante, a abraça e a beija com paixão, enquanto o marido os observa impressionado. A mulher fica muda e se senta meio atordoada. O terapeuta vira para o marido e diz:

- Isto é o que sua mulher precisa pelo menos 3 vezes por semana! Você consegue?

O marido pensa um pouco e responde:

-Bom, eu posso trazê-la segunda e quarta, mas, às sextas, eu jogo bola!

Quanta sensibilidade!

Sobre sabores. Sobre meu pai!


2 de julho de 2010. Hoje meu pai faz 66 anos; 62 deles vividos entre nós, os mortais. Então, dia de lembrar de mais uma das dele. Exclusividade era o que não faltava. Pérolas, até! Como foi, num sábado, a aventura de encorporar um baiano e fazer acarajé. Magina se ele não iria tentar!

Feijão de molho, como manda o figurino, e cascas soltas, como dita a receita. Hora de fazer a massa e acrescentar os tempeiros. Pela receita, apenas sal. Pouco sal! Mas, meu pai tinha um tino culinário que surpreendia. Isso já fez com que ele inventasse o sanduíche de pão de queijo e um bauru com molho tártaro, que era de se comer ajoelhado, pedindo perdão eterno a Deus pelo pecado da gula. Bem, e lembrando de tais iguarias, todos aceitaram quando ele se propôs a mudar a receita do acarajé, acrescentando alho à massa.

Como tinha muito feijão, imaginava-se, é claro, que a quantidade de tempeiro também tinha que ser bastante. Três cabeças de alho eram suficientes. “Como assim? Não tem alho na receita!”, bradou minha mãe, uma baiana legítima de 1,49m de altura e toda dona da situação. Sem pestanejar, meu pai retrucou com uma – que depois passaria a ser uma de suas pérolas! – expressão: “Alho nunca passa!”. Depois dessa, todo mundo se calou e a massa do acarajé foi devidamente temperada. Ainda teve espaço para aquela pimentinha básica, condimento inseparável quando papai era o dono da cozinha. E não raras eram as vezes.

Três cabeças de alho já tinham sido esmagadas. Dente a dente! De uma só vez, ele jogopu a pasta de alho à massa e misturou vigorosamente, também como manda a receita. Provou e achou que ainda estava faltando algo. “Tá meio sem graça, ainda”, disse ele com o dedo na boca ainda sujo da massa de feijão cru, sal, alho e pimenta. Pronto, coloca mais alho, afinal de contas ‘alho nunca passa’!

Colher de pau mexia e dendê esquentava no tacho. Aos poucos os bolinhos foram fritando... o cheio me remetia à terra de todos os santos. À baía de todos eles, pra ser mais exato. O cheiro era inexplicável. Podia ouvir os atabaques e até o Olodum descendo a ladeira do Pelô! Cervejinha vinha... cervejinha ia... e sai a primeira remessa de acarajé. Pelo menos dos bolinhos. Primeira mordida e... e... Alho puro! Não tinha gosto de outra coisa, senão alho! Só alho. Fritamos mais uns. Daío gosto modificou. Alho encorpado. Quanto mais o tempo passava, mais o alho encorpava à massa. Bem... o caruru, o camarão seco e o vatapá foram comidos com arroz e vinagrete. O acarajé, de verdade, ficou pra um outro dia. Mas na próxima vez papai já tinha uma nova ‘expressão’ que também viraria uma pérola – até hoje!: “Tá bom. Alho nunca passa. Só no acarajé!”.

E o acarajé cheio de alho faz falta.

Beijos. Onde quer que esteja... FELIZ ANIVERSÁRIO!

O sapólio, o governo dá, e agora com 1002 utilidades


Foi como um flash. A visão que tive daquele rolinho com tinta preta e a espátula me fez voltar anos atrás, quando fiz minha primeira carteira de identidade e as impressões digitais ainda eram 'tiradas' da forma mais arcáica possível, com um agravante: os dedos sujos de tinta contaminavam a roupa, os óculos e tudo que pudesse estar ao alcance deles. Mais: o cidadão era visto com olhos tortos, como se fosse mais um fichado pela polícia. Pois bem, hoje passei pelo vexame, mais uma vez!

Que o Vapt-vupt foi uma ótima alternativa para desafogar os órgãos públicos goianos, não há dúvidas. O cidadão pode resolver os problemas do dia-dia, no que se refere ao Estado, com mais dignidade e menos burocracia. Eu disse ‘menos’ burocracia. O que significa que ainda tem. Mas menos! Porém é preciso não deixar que as estruturas se contaminem pelo descrédito ou pela morosidade do funcionalismo que começa a enxergar o Vapt-vupt como mais uma grande repartição pública sem quaisquer recursos. Mínimos, que sejam!

Pois bem, hoje, no horário do almoço, procurei uma unidade do Vapt-vupt para refazer a minha carteira de identidade, datada de nem sei quantos anos. Meu rosto era de uma criança que ainda não tinha traços definidos. Cresci e meu rosto não é mais o mesmo. Ainda bem! Acho até que melhorei bastante. A minha surpresa foi chocante, ao ser levado para uma cabine, onde uma garota imprimiu minhas digitais novamente. O susto se deveu por causa da forma como isso foi feito. Mesmo hoje, com todos os recursos eletrônicos, o Governo de Goiás ainda usa os famosos rolinhos com tinta de tipografia, com cheiro de traça - como a própria atendente sugeriu -, para imprimir as digitais. Pensa que é só esse o atraso? Não. Depois de sujar os dez dedos das mãos é que o contribuinte recebe a notícia de que não há papel para limpar os dedos.

Com um sorriso angelical, sem deixar de lado a ironia, a garota que fez todo o serviço, acrescenta: “Mas tem sapólio. Isso o governo paga!”.

É a Bombril descobrindo as novas necessidades do brasileiro!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Recomendação com Censura!

Sabe aqueles textos inteligentes que você queria ter escrito? Pois é!
Recomendo, mas com moderação. Como blogs não vêm com bula, leia antes de ler.

http://pegadassujas.wordpress.com/

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Para lembrar o Mestre Saramago, hoje, dia da sua ausência eterna!


"Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia"

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Um pedido de perdão


Hei de convir, e com a consciência um tanto quanto acima do peso... Eu pequei! Pequei contra a madrinha de Elza Tereza, a mais brasileira das portuguesas.

Não tive como deixar a minha máquina de café Nespresso a Deus dará, por aí. Comprei a minha – modelo que pouca gente tem (‘top da xicura’, já disse a alguns!) – em Lisboa, Portugal. Veio com tudo europeu, inclusive manual em português. Melhor, seria se eu não soubesse entender como funcionava a coisa! Mas fiquei feliz com o café!

Minha amiga Dani Carelli (esopsa do Beto, cara gente fina de Nerópolis – anos de farra quando Nova Veneza ainda era apenas a Nova!), ao saber da aquisição da novidade, já se manifestou. Ficamos compadres por um mero acaso do destino. Elza Tereza (nome da minha máquina de Nespresso - por causa das cores vermelho e preto... é uma longa história) tinha de ser reconhecida pela madrinha Dani. Pronto! Ela assumiu. De cara, deu um jogo de xícaras – também ‘top da xicura’ – para ficar ao lado de Elzita (apelido íntimo que a Nespresso ganhou!).

Certa noite, em uma daquelas reuniõezinhas regadas a muito álcool e cafeína, a comadre, didinha Dani, acabou, sabe-se lá por qual motivo, tomando o rumo de casa antes de todos os convivas, que ainda se deliciavam com a famosa berinjela à parmegiana, preparada por mim. Garrafas e mais garrafas de delícias (?) etílicas foram secas. Final da noite e Elzita começou a funcionar. E como funcionou! Satisfação plena, cada um procurou o ruma da cama. Nas suas casas, diga-se!

Acontece que, ainda naquela noite gastronômica, fotos do nectar que brotava de Elzita foram expostas em sites de bate-papo e de relacionamentos e, em pouco tempo, a didinha, comadre Dani, tomou conhecimento da orgia cafeínica e manifestou-se. Enérgica, brava, cuspindo fogo pelas ventas e balançando o cabelo de forma a esconder os olhos vermelhos de ódio. Não os vi, mas imaginei. E com razão! Logo ela, a dindinha e comadre Dani, não havia provado da primeira safra, o bastismo de Elza Tereza, por assim dizer.

Enfurecida, e com razão – reconheço! – tentei amansar a fera. Apoiadores e defensores da minha razão sem razão, nutricionistas, japoneses, profiossionais em tecnologia... todos partiram em minha defesa dizendo que a culpa tinha sido da madrinha desnaturada, que saíra antes do batismo. Fiquei calado. Aceitei o apoio, mas baixei a cabeça às críticas provenientes da dinda. “Logo ela”, pensava eu. Dormi perturbado.

Horas depois, com o sol alto, o álcool ainda não tinha abandonado o corpo em definitivo, recebo a mensagem mais calma de Dani. Sem estresse, sem rancores, sem tons acima dos 30 decibéis. Tudo havia voltado ao normal, com a promessa de um novo batismo, só para a madrinha e apoiadores da causa. Ela trará um novo presente e apoiadores da minha causa serão também padrinhos nas transversais, em todas as suas variáveis, e também trarão seus agrados à Elza Tereza que, em homanagem, receberá um sobrenome de cada um dos padrinhos. Sejam bem-vindos!