sábado, 23 de julho de 2011

Porque hoje é sábado!

Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar.

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.

Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A vida molhada

os silêncios molhados. o amor. as lágrimas. o cansaço. o pôr do sol. o depois do pôr do sol. o céu em água. o arrependimento. as promessas. as lagoas. o sonho. os copos. os ribeiros. a água.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

terça-feira, 12 de julho de 2011

Psicodélicas

O corpo almeja-se fundir ao cansaço:
A mente que açaima o viço do obstáculo
Sonha gravitar pela órbita
Onde habita o insone lírico perpasso.

sábado, 9 de julho de 2011

Guiarei

...
Nos dias de chuva fria,
Serei eu a te aquecer em minhas margens,
E quando o dia amanhecer,
O fogo do sol aquecerá minhas águas mornas,
Para te receber em tua rota segura,
Não demore a voltar a navegar,
Não deixe teu barco à deriva...
...

terça-feira, 5 de julho de 2011

Um dia a maioria de nós irá separar-se

Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo....
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas
pessoas?"
Diremos que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
- "Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Fernando Pessoa

Por mim:
Não. Não briguei com nenhum amigo ou amiga. É que hoje eu tive a clara vivência de que as pessoas precisam tomar atitudes para não deixar que as amizades morram, findem, faleçam. Sempre existe alguém que gosta da gente, sempre existe alguém que a gente gosta. Mas há sempre uma das duas pessoas que não se abala ao telefone para falar um “oi”, apenas! Não deixem isso morrer. Não esperem pelas pessoas. Faça você! 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A! Body Tech não me deu nota fiscal (Parte II)

Na sequência...

Recebi uma ligação do Procon Municipal. A informação dessa vez era de que a denúncia (ou o que valha) deverias er feita na Secretaria de Finanças do Município, pelo telefone 3524-2909. Me entorpeci de paciência e digitei o número. A moça, com o humor de funcionária pública, na segunda-feira de ressaca, mal esperou eu dizer o que queria e me atropelou: “você tem que ligar na prefeitura. O telefone lá é 156!”. Respirei fundo. Engoli seco. Senti o chão sumir. As vistas escureceram. Me veio um gosto de fel na boca. Respirei fundo de novo e expliquei para a atendente desatenta a minha via-crucis. Ela pediu para esperar um pouco. Uma outra funcionária me atendeu (acho que era alguma coisa do tipo auditora). Educada e entendida da situação, me disse como eu deveria proceder. Ela entrou no meu blog (www.odonodotempo.blogspot.com) leu o que escrevi e disse que iria consultar os dados da empresa e que as minhas informações seriam usadas para resolver o problema. O prazo dado? 30 dias, no mínimo, já que estamos em período de férias. Enquanto isso, quem renova matrícula ou paga um ano adiantado na A! Body Tech ESTÁ RECEBENDO A SUA NOTA FISCAL?

A! Body Tech não me deu nota fiscal

... E então hoje fui à academia A! Body Tech renovar a minha matrículo e fechar um plano semestral. Valor: R$ 1.431,00. Dividi em duas vezes no cartão de crédito. Pagamento efetuado. Comprovante de cartão de crédito e contrato assinados (aliás, um contrato duvidoso, já que cita apenas a cidade do Rio de Janeiro, local onde é a sede da empresa) pedi a nota fiscal... (cri cri cri...) fez-se o silêncio. Fui informado de que a nota fiscal eu poderia pegá-la em dois dias. Pedi para falar com alguém responsável. A atendente mesmo falou com a tal pessoa que mandou me dizer que ‘O SISTEMA’ só libera nota fiscal depois de fechado, ou seja, hoje eu não teria a minha nota fiscal. Pedi, novamente, para falar com a tal pessoa responsável. Educadamente, dona Graça me explicou que ‘O SISTEMA’ não poderia emitir nota fiscal. Disse a ela que isso era ilegal. Ela concordou! Mas não teve como me dar uma nota fiscal.

Em casa, liguei no telefone da Prefeitura de Goiânia (0800-646-0156), para saber quais as providências eu teria de tomar. A moça me repassou o número da fiscalização do Procon Municipal (3524-2349). Liguei! O fiscal me disse que eu teria de fazer a denúncia na Secretaria da Fazenda e me repassou o número de telefone 3269-200. Liguei. A atendente me disse que eu teria de ligar do ‘Disque Sonegação’ ou Ouvidoria Fazendária, no telefone 0800-707-80-81. Liguei. Fui atendido por uma funcionária, também muito educada que me disse se tratar de uma responsabilidade do município, já que academia é um segmento de prestação de serviço que recolhe apenas o ISS (imposto municipal). Portanto, eu deveria me recorrer à esfera municipal e me passou o telefone da prefeitura, o mesmo que liguei da primeira vez. Fechei o ciclo e não consegui resolver nada. 15 minutos depois, ligo novamente na Ouvidoria Fazendária e a funcionária me confirma que de trata de ISS (imposto municipal) e que era para eu ligar, novamente, no telefone da prefeitura e citar a Lei Complementar 116, de 31 de julho de 2003, item: 6.04. Mais uma vez, voltei a ligar na fiscalização do Procon Municipal. Disse ao fiscal o mesmo que a funcionária da Secretaria da Fazenda me mandou dizer. Mas não tive receptividade. Ainda não resolvi nada!

Bem, diante dessa situação, fiquei pensando em duas coisas:
1. Se isso me acontecer novamente, como já aconteceu outra vez, a quem eu devo recorrer? Quem vai fazer a lei ser cumprida?
2. Se eu que pedi a minha nota fiscal não consegui, o que é feito das centenas de notas de clientes que não a pedem? Será que isso é declarado?

Agora, experimenta atrasar seu IPTU ou ITU por um dia, que seja. A dor de cabeça, certamente, será maior do que a de uma tarde de telefonemas.

sábado, 2 de julho de 2011

Sobre pregos, parafusos e ferramentas

Nada de perfumes importados, relógios ou roupas de marca, bebidas caras ou supérfluos de qualidade. Para agradar papai o presente poderia ser uma simple ferramenta, mesmo que ele já tivesse todas elas. Furadeira ele tinha duas, alicates e chaves de fenda passavam das centenas. Mas se havia uma coisa que meu pai gostava de ‘colecionar’ eram pregos e parafusos, além porcas e ruelas. Ele tinha latas cheias! Andava pelas ruas olhando para o chão e não deixava nada passar despercebido. Achava todos os pregos, parafusos, roscas, porcas... Uma mania que acabou virando piada.

Virava e mexia, tinha sempre alguém lá em casa pedindo um parafuso. E ele achava no meio daqueles milhares. E mais: fazia questão de resolver pessoalmente qualquer situação que dependesse de parafusos, pegos e ferramentas. Era apaixonado por concertos e os fazia com maestria.

Papai era um pouco de tudo: encanador, eletricista, engenheiro, arquiteto – a fama de cozinheiro de mão cheia eu já contei em outras ocasiões, mas voltarei a repetí-las outro dia – era um verdadeiro “faz-tudo”. E ele tinha absolutamente tudo que era necessário para fazer os reparos. Me lembro bem que, em alguns dias da semana, ele fazia uma varredura em casa à procura do que precisava de ajustes. A satisfação dele em ver tudo arrumado e funcionando perfeitamente era de encher os olhos.

A televisão estava com a imagem ruim? Papai faz-tudo ia lá, mexia, virava, trocava os fios... em pouco tempo a imagem analógica da TV se tornava perfeita, como se o futuro chegasse rápido e a imagem virasse digital. O ventilador estava lento? Faltava engraxar o motor. Ele sempre tinha a solução para todos esses probleminhas caseiros. E com o mesmo humor que tomava um copo de cerveja no fim do dia, colocava a casa e as nossas vidas em ordem.

Hoje é aniversário dele. Papai faria 67 anos e eu queria poder lhe dar todas aquelas ferramentas de presente de novo. Nem que fosse um prego, para pregar na parede a satisfação de ter convivido esse tempo com ele. Poderia ser uma porca e um parafuso apenas para poder estar sempre atado a ele. Ou apenas fechar os olhos e sentir seu abraço de pai com perfume de vida!

Parabéns, onde quer que esteja!