domingo, 6 de março de 2011

Janelas

Das inúmeras 'janelas' da minha vida...
Gravadas na minh'alma,
Nada é mais salutar confesso,
Do que as lembranças que carrego de olhar a chuva,
Olhar debruçado no parapeito da janela de minha casa:
...
Ouvir até cansar o som dos trovões,
Vislumbrar aos olhos o relampejar que incandesce ao céu,
Contemplar as formações criadas pelas nuvens,
A mescla de tons do branco ao cinza, quase negro;
Sentir na pele as gotas d'água tocarem meu rosto,
O vento ora calmo, ora forte a balançar as folhas do abacateiro,
Pássaros que se banhavam nas pequenas poças formadas pela chuva,
Pássaros que cantavam alto querendo cobrir o som dos trovões;

Assistir a 'festa' dos raios cruzando o espaço, desenhando no nada,
Vez ou outra dar uma escapada aos olhares protetores e correr n'água,
Mas nada, nada mesmo ficou presente como o som da voz de minha mãe,
Menino, menino, saia desta janela é muito perigoso...
E eu dizia, que nada minha mãe, estou protegido por Deus...
. . . . . . . .

Celso Gabriel

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