sexta-feira, 12 de abril de 2013

Justine Ghofiri Stwart


E quem pensou que a família de Irving tinha acabado se enganou! Conheçam Justine Ghofiri! Ela tem uma história emocionante! 

Esta é uma parte da vida que Mr. Carl, e toda a família Stwart, desejaria esquecer. Principalmente em respeito à matriarca, Ms. Glenda Awa Stwart. Mas não podemos deixar de apresentar todos os personagens dessa família que ganhou meu coração. A foto da vez é de Justine Ghofiri Stwart! Como perceberam, uma esquila negra, cheia de vida, esperta e independente. Justine é filha bastarda de Mr. Carl J. D. Stwart, o patriarca, reconhecida judicialmente por ele, depois de uma briga que abalou todas as estruturas da requintada sociedade da fauna ‘centralina park novaiorquina’. Acostumado à vida aventureira de solteiro, quando andava pelo mundo todo em busca de emoções, o garotão Carl Stwart partiu o coração da então jovem Glenda Awa, assim que se casaram. 

Ainda nos tempos em que entrar de gaiato num navio era coisa fácil, Mr. Carl, o pai de Irving, que há pouco havia se casado com Ms. Glenda, ficou sabendo de uma embarcação que sairia de Nova York rumo à África. O sonho de conhecer o continente dos “strange large animals”, como ele mesmo dizia, fez seus olhos brilharem e, com o consentimento da jovem esposa, partiu para uma longa aventura. E bota aventura nisso! Munido apenas de um embornal com um tônico licoroso fortificante, preparado por Wilbur Ross J. D. Stwart, o Tio Wil, seu meio-irmão feiticeiro, Mr. Carl foi a pé da esquina da 5th Avenue com a 59st até a embarcação que estava ancorada na margem direita do Hudson River, de onde ganharia o mar até chegar à África. 

Assim que avistou a escotilha por onde entraria e viajaria tranquilamente, o jovem Carl acelerou os passos. Em pouco tempo já estava familiarizado com todos os outros animais escondidos no porão da pequena nau. Há dois dias em alto mar, ele conheceu Radhiya, uma legítima esquila mulata. O tônico que Carl levava no embornal, já fermentado, estava também alcoólico e, numa noite de lua cheia, em alto mar, o jovem Carl, embriagado, sucumbiu aos encantos de Radhiya. Antes que a nau aportasse no continente africano, a jovem já sentia os primeiros sintomas da gravidez. Carl ficou apavorado! 

Os dois ficaram juntos durante toda a temporada dele na África, onde Radhiya morava na Tanzânia. Quando a pequena esquilinha nasceu, Carl voltou para Nova York. Poucos meses depois, recebera uma carta avisando do falecimento de Radhiya, por afogamento, quando voltava para os Estados Unidos em outra embarcação e caiu em alto mar, no meio da madrugada. A carta foi escrita por um rato de porão que havia acompanhado a aventura do jovem casal quando tudo aconteceu. Este mesmo rato cuidou da pequena Justine. Foi ele quem a entregou, pessoalmente, a Mr. Carl, em sua toca, no Central Park. Por azar, Ms. Glenda estava em casa no momento da inesperada visita. 

E quem pensava que não havia escândalos no mundo animal, ainda mais na seletiva sociedade que vive no Central Park, em Nova York, eis que a história mostra o contrário e apresenta provas. Ms. Glenda ameaçou colocar a toca abaixo, chamou todos os parentes, vizinhos e amigos e anunciou sua debandada da região. Iria para Massachussets, passar uns tempos no Boston Public Garden e refazer a vida. Mas a tempestade daquela noite a fez esperar e esfriar a cabeça. Um chá de casca de nozes a acalmou e, no dia seguinte, com sol e calmaria, Ms Glenda sugeriu que Mr. Carl registrasse a pequena Justine e desse a ela o nome da família. Sugeriu mais, que acrescentasse “Ghofiri”, nome de origem Suarili, muito comum no Quênia e na Tanzânia, que significa “Perdão, perdão!”. 

Hoje, Justine tem Ms. Glenda como mãe, apesar de conhecer a história. Estuda música nas horas vagas e pretende ser historiadora. Tenta, já faz algum tempo, ter alguma notícia da família africana através de sites de buscas de pessoas desaparecidas na internet. Mas vive em uma família completa e se sente orgulhosa por ser uma legítima Stwart!

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