segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Barbárie nas águas quentes


 
Bem, pelo que vi e ouvi sobre o tal Caldas Country 2012, imaginei que seria um evento, no mínimo, sem noção! Deixando de lado o meu (des)gosto pela música sertaneja, minha crítica vai para os foliões, mesmo! Salvo uma pequena minoria (e isso porque amigos meus compareceram e gostaram, e gosto é como nariz, né?) os frequentadores dessa anarquia chamada de festa demonstraram, mais uma vez, que a barbárie predomina onde a educação não chega.

 
Se não me engano, pelo que andei vendo pelas redes sociais e lendo em alguns jornais e sites, houve mortes, brigas, incêndio (do próprio carro, diga-se!) e muito sexo. Não que isso seja ruim, mas sexo explícito no meio da rua, sem se preocupar com doenças – já que a reputação e a dignidade foram colocadas em uma caixinha e jogada no canto qualquer – é perigoso. E sem falar que sempre tem alguém por perto que não precisa ver algumas atitudes. Não é questão de ser pudico e isso e aquilo. Mas é apenas uma questão de respeito. Quem pratica sexo na rua é animal e, acredito, o homem (o ser humano) já avançou um tanto nesse quesito. Eu acho!

 
Acredito que manifestações como esta devem ser muito animadas – para quem gosta – e deve gerar uma boa renda para o município. Mas, será que vale a pena ver as imagens dessa cidade, com tudo o que aconteceu, com os corpos dos jovens expostos, circulando o mundo inteiro, por meio das redes sociais? Isso vale a movimentação financeira? O aquecimento nesse tipo de turismo? Ou ninguém está nem aí para tudo isso? Não sei, mas penso que depõe contra.

 
Será que o Ministério Público de Goiás viu as fotos? Acompanhou os incidentes e os acidentes? E as provocações? Será que os pais desses jovens que aparecem nas fotos sabiam do que estava acontecendo? A grande maioria viaja e ‘curte’ com o dinheiro de mesada. E a garota que foi morta com um tiro na cabeça? O assassino disse que errou a pontaria. Era para acertar o cara que mexeu com a namorada dele. Quer dizer: matou uma inocente e o ‘inimigo’ continua vivo. E ele estava armado. Uma pessoa armada, no meio de uma multidão, com bebida alcoólica, nervos acirrados e, em muitos casos, drogas... tá certo isso?

 
Há de se pensar no evento para o próximo ano. Me preocupo com isso. De veradde! Poderá acontecer com alguém que gostamos, com filhos, parentes ou amigos. Fica a questão: até que ponto tudo isso é permitido? A Polícia tem de agir? E o Ministério Público? De quem é a responsabilidade? É culpa de quem libera a cidade para uma manifestação como esta? Juro que não tenho a resposta. Isso aqui é apenas uma constatação para implicar a quem deve dar segurança a quem paga impostos caros e vê gente morrer de graça, bem ao lado! Uma pena! Uma lástima...

Um comentário:

Anônimo disse...

"...mas sexo explícito no meio da rua, sem se preocupar com doenças". -
Os brioches de Maria Antonieta acabam de perder o posto!