domingo, 8 de agosto de 2010

Dia dos Pais: sobre cardápios e dietas

Hoje papai não estará, pelo terceiro ano consecutivo, sentado à cabeceira da mesa da área de casa, para aquele almoço demorado de domingo, sempre feito a oito mãos. Cada duas, faziam pelo menos dois pratos. Pelo menos! Daí a se imaginar que em nenhum domingo havia menos que oito pratos deliciosos para serem saboreados no Dia dos Pais. E o bar abria cedo. A cerveja gelada já estava no copo às 10 horas.


Na verdade papai sempre disse que a melhor coisa que existia pra ele era um prato bem feito de macarrão. Daqueles comuns, mesmo. Simples como ele: ‘macarronada’ como ele fazia questão de frisar, com muito queijo ralado jogado por cima, depois do prato feito! Mas, mesmo assim, papai jamais dispensou um prato de macarrão qualquer que seja. Ele dizia, quase salivando, que o melhor macarrão era, na verdade, o cozido. E como gostava! Por isso mesmo, independente do cardápio de domingo, mesmo que os sabores não ‘ornassem’ entre si, o macarrão era cogitado como um dos pratos. Mas no Dia dos Pais a vontade dele era atendida sem que ele pedisse. O macarrão era majestade na mesa do almoço e, certamente, num prato fundo (por iniciativa própria dele), no jantar. Às vezes, rolava até uma garfada na virada da tarde. Gelado, mesmo.

Como dieta não é coisa de Deus, papai também não era uma pessoa muito fervorosa com os tais ditos de ‘o que comer’. Necesitava deles com uma certa frequência, mas burlava a todas as dietas. Me lembro bem que numa dessas, o cardápio de domingo era de apenas 600 calorias, tendo apenas uma fruta como sobremesa. (Aqui cabe uma nota: assim como eu, papai também o-di-a-va, com todas as forças, a tal da jaca.). Depois de comer um prato de legumes cozidos no vapor (ô, coisa sem graça...), duas colheres de arroz, duas de feijão, um filé de frango grelhado e uma colher de angu de milho verde, ele se levantou rapidamente e foi para a sala. Dizia que era pra conter a tentação, já que a fome continuava do mesmo tamanho. Mamãe foi atrás para saber o que queria de sobremesa. O diálogo foi curto, explicativo e de modo muito bem demonstrativo no quesito desespero:

Mamãe: Vai querer o que de sobremesa?

Papai: O que tem no cardápio?

Mamãe: Uma fruta.

Papai: Só uma?

Mamãe: Só.

Papai: Traz uma jaca!

Sem conseguir conter o riso e de ser condescendente com a situação, mamãe tentou mudar a escolha para uma melancia. Mas o que ele queria mesmo era voltar para a mesa e comer tudo que havia deixado de lado, por causa da dieta.

Outras vezes, papai seguia a dieta à risca em casa. Mas deixa todo mundo preocupado porque não emagrecia o que era esperado dentro do prazo dado pelo médico. A resposta veio muito tempo depois, quando a comida já não lhe trazia mais tanto prazer e a vizinhança começou a soltar as histórias. Segundo diziam, e isso papai chegou a confirmar, dentro de casa apenas salada e frango grelhado. Fora de casa, macarrão com queijo! E com um jeitinho especial, que só ele tinha, conseguia comer sem restrições em qualquer casa que entrasse. E, na maioria das vezes, era macarrão a oferta do anfitrião.

Hoje o macarrão parece ter menos molho, o queijo não parece ter o mesmo sabor e os almoços de domingo com um tempero diferente. Mas o Dia dos Pais, será, para sempre, um tanto sem sal!

Onde estiver, MEU PAI, feliz Dia dos Pais!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Sobre drogas e make up

Era um homem, mas o perfil era o de uma tia bem coroa, toda espalhafatosa, de aproximadamente 50 anos, mas que aparentava uns 60. Conseqüência das noitadas regadas a generosas doses e, bem possível, a longas carreiras de pó, findáveis apenas quando o primeiro raio de sol surgisse. Pediu licença para se sentar ao lado da janela, acento 26F do vôo 3795. Levantei-me e a ‘tia velha’ se sentou. Usava calças jeans surradíssimas, uma camiseta toda destronchada, bolsa tira-colo de lona cinza já bem desgastada pelo tempo e uma pochete. Os cabelos continham bem mais de cinqüenta por cento de fios brancos. A cara mais amarrotada que terno de bêbado. Acomodou a matula debaixo da poltrona da frente e recostou-se. Respirava fundo, como se tivesse corrido uma maratona, minutos antes de embarcar no portão de número 2.

Abri meu livro e comecei uma leitura frenética. Coisa que faço sempre quando quero chegar logo ao destino. A leitura me parece adiantar o tempo. Enquanto mergulhava numa história de guerra, comédia e histeria, o companheiro da poltrona ao lado começava e demonstrar sinais de inquietação. Talvez fosse a noitada que ainda estava correndo nas veias e a cabeça ainda estava longe dali. Era clara a tentativa de fuga da alma do corpo, a qualquer preço. A ‘tia velha’ começou a conversar com o nada. Parecia treinar um papo que teria assim que descesse da aeronave, com alguém muito importante. E o assunto era deveras relevante.

Por um momento imaginei que o vizinho de poltrona estivesse amedrontado pelo vôo. Passava a mão constantemente pela face. Começava pela mandíbula e subia até a fronte. Depois completava, como uma espécie de alívio, até a nuca, entrelaçando os dedos nos cabelos gris e voltando, novamente, à face. Fazia isso sem parar. Parecia tenso. Às vezes, parecia rezar. Mas uma coisa era fato: não parava de conversar. Apontava o dedo. Virava a mão, com a palma voltada para cima, como quem duvida de algo. Por várias vezes tive a nítida certeza de que ele tivesse dito um “ponte que partiu!” e em outras, claramente, ouvi “carvalho!”. Abaixou-se, abriu a capanga e retirou um saco com folhas de papel impressas. Tentei ler, mas ele parecia não querer que ninguém soubesse qual era a resenha.

Serviço de bordo iniciado e ele recebe o prato. Pediu dois. Como informou a empresa aérea, para lembrar os tempos da vovó e trazer de volta o acalento. Imaginei que ele possivelmente pudesse estar precisando daquilo, até o momento em que ele pediu dois copos de suco de laranja. Havia algo errado, certamente. Ou havia alguém ali que eu não conseguia enxergar. Me lembrei que people can see dead people. E o papo continuava.

De repente, a ‘tia’ começa a emitir grunhidos, seguido de uma gargalhada quase contida. Depois uma gargalhada debochada. Fiquei estático e meus olhos passeavam pelo meu lado direito querendo achar o motivo da risada. Vi, pela primeira vez, a face da ‘tia velha’. Como dizia uma cinegrafista sem qualquer discrição, com quem trabalhei anos atrás, além de grisalho, tinha cara de areia mijada, marcada pela acne. Sorria e passava a mão pelo nariz, respirava fundo, balançava a perna direito sem parar um segundo, sequer, enquanto conversava só e ria de alguma coisa que deveria ter sido muito engraçada. E gesticulava. Como gesticulava, a ‘tia’!

Depois de recolhidas as sobras do serviço de bordo, adormeci, rapidamente, e acordei com um grito histérico do meu lado, assim que o comandante anunciou: “Atenção senhores passageiros, pouso autorizado!”. Juro que não entendi a cena. ‘Tia velha’ gritava com uma mão na cabeça e outra na barriga. Os olhos marejados, quase vertendo, estavam vidrados enquanto a aeronave se chacoalhava toda, minutos antes do pouso. Assim que o avião tocou o solo e deu-se o solavanco, com a abertura do reverso, a ‘tia’ se calou. Olhei para o lado e percebi que havia entrado em estado catatônico. Quando o avião parou, chamei a aeromoça. Com toda presteza, se postou ao meu lado e perguntou à ‘tia’ se estava tudo bem. “O senhor está pálido. Precisa de alguma coisa?”. E a ‘tia velha’, sorrindo: “Tem um batom, por favor?”.

*Fato real e acontecido ontem.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Preto

Pra não deixar esquecer nunca.
Essa música me eleva, me lava, me leva...

http://www.youtube.com/watch?v=AFVlJAi3Cso

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O último cheque

Pense numa mulher vingativa!

A filha fará 18 anos e o pai está todo feliz por emitir o último cheque da pensão que é paga à ex-mulher, há 17 anos e 11 meses. Ele pede para a filha levar o cheque e retornar rapidinho, para contar-lhe como ficou a cara da babaca da mãe dela ao dizer-lhe que era o último cheque que ela veria da parte dele. A filha entrega o cheque à mãe, ouve o que ela diz e volta para a casado pai, para dar-lhe a tão esperada resposta.

- Diga-me, filha, qual foi a reação da babaca da sua mãe!

- Ela mandou dizer que você não é o meu pai!

Terapia de casal

Um casal vai a um psicólogo, após 20 anos juntos. Chegando no consultório, o terapeuta, jovem, bonitão, super malhado, pergunta qual é o motivo da consulta, e a mulher responde:

-Pouca atenção, falta de intimidade, vazio, solidão, não me sinto amada e desejada... e por aí vai.

O psicólogo se levanta, se aproxima da mulher, pede que ela também se levante, a abraça e a beija com paixão, enquanto o marido os observa impressionado. A mulher fica muda e se senta meio atordoada. O terapeuta vira para o marido e diz:

- Isto é o que sua mulher precisa pelo menos 3 vezes por semana! Você consegue?

O marido pensa um pouco e responde:

-Bom, eu posso trazê-la segunda e quarta, mas, às sextas, eu jogo bola!

Quanta sensibilidade!

Sobre sabores. Sobre meu pai!


2 de julho de 2010. Hoje meu pai faz 66 anos; 62 deles vividos entre nós, os mortais. Então, dia de lembrar de mais uma das dele. Exclusividade era o que não faltava. Pérolas, até! Como foi, num sábado, a aventura de encorporar um baiano e fazer acarajé. Magina se ele não iria tentar!

Feijão de molho, como manda o figurino, e cascas soltas, como dita a receita. Hora de fazer a massa e acrescentar os tempeiros. Pela receita, apenas sal. Pouco sal! Mas, meu pai tinha um tino culinário que surpreendia. Isso já fez com que ele inventasse o sanduíche de pão de queijo e um bauru com molho tártaro, que era de se comer ajoelhado, pedindo perdão eterno a Deus pelo pecado da gula. Bem, e lembrando de tais iguarias, todos aceitaram quando ele se propôs a mudar a receita do acarajé, acrescentando alho à massa.

Como tinha muito feijão, imaginava-se, é claro, que a quantidade de tempeiro também tinha que ser bastante. Três cabeças de alho eram suficientes. “Como assim? Não tem alho na receita!”, bradou minha mãe, uma baiana legítima de 1,49m de altura e toda dona da situação. Sem pestanejar, meu pai retrucou com uma – que depois passaria a ser uma de suas pérolas! – expressão: “Alho nunca passa!”. Depois dessa, todo mundo se calou e a massa do acarajé foi devidamente temperada. Ainda teve espaço para aquela pimentinha básica, condimento inseparável quando papai era o dono da cozinha. E não raras eram as vezes.

Três cabeças de alho já tinham sido esmagadas. Dente a dente! De uma só vez, ele jogopu a pasta de alho à massa e misturou vigorosamente, também como manda a receita. Provou e achou que ainda estava faltando algo. “Tá meio sem graça, ainda”, disse ele com o dedo na boca ainda sujo da massa de feijão cru, sal, alho e pimenta. Pronto, coloca mais alho, afinal de contas ‘alho nunca passa’!

Colher de pau mexia e dendê esquentava no tacho. Aos poucos os bolinhos foram fritando... o cheio me remetia à terra de todos os santos. À baía de todos eles, pra ser mais exato. O cheiro era inexplicável. Podia ouvir os atabaques e até o Olodum descendo a ladeira do Pelô! Cervejinha vinha... cervejinha ia... e sai a primeira remessa de acarajé. Pelo menos dos bolinhos. Primeira mordida e... e... Alho puro! Não tinha gosto de outra coisa, senão alho! Só alho. Fritamos mais uns. Daío gosto modificou. Alho encorpado. Quanto mais o tempo passava, mais o alho encorpava à massa. Bem... o caruru, o camarão seco e o vatapá foram comidos com arroz e vinagrete. O acarajé, de verdade, ficou pra um outro dia. Mas na próxima vez papai já tinha uma nova ‘expressão’ que também viraria uma pérola – até hoje!: “Tá bom. Alho nunca passa. Só no acarajé!”.

E o acarajé cheio de alho faz falta.

Beijos. Onde quer que esteja... FELIZ ANIVERSÁRIO!

O sapólio, o governo dá, e agora com 1002 utilidades


Foi como um flash. A visão que tive daquele rolinho com tinta preta e a espátula me fez voltar anos atrás, quando fiz minha primeira carteira de identidade e as impressões digitais ainda eram 'tiradas' da forma mais arcáica possível, com um agravante: os dedos sujos de tinta contaminavam a roupa, os óculos e tudo que pudesse estar ao alcance deles. Mais: o cidadão era visto com olhos tortos, como se fosse mais um fichado pela polícia. Pois bem, hoje passei pelo vexame, mais uma vez!

Que o Vapt-vupt foi uma ótima alternativa para desafogar os órgãos públicos goianos, não há dúvidas. O cidadão pode resolver os problemas do dia-dia, no que se refere ao Estado, com mais dignidade e menos burocracia. Eu disse ‘menos’ burocracia. O que significa que ainda tem. Mas menos! Porém é preciso não deixar que as estruturas se contaminem pelo descrédito ou pela morosidade do funcionalismo que começa a enxergar o Vapt-vupt como mais uma grande repartição pública sem quaisquer recursos. Mínimos, que sejam!

Pois bem, hoje, no horário do almoço, procurei uma unidade do Vapt-vupt para refazer a minha carteira de identidade, datada de nem sei quantos anos. Meu rosto era de uma criança que ainda não tinha traços definidos. Cresci e meu rosto não é mais o mesmo. Ainda bem! Acho até que melhorei bastante. A minha surpresa foi chocante, ao ser levado para uma cabine, onde uma garota imprimiu minhas digitais novamente. O susto se deveu por causa da forma como isso foi feito. Mesmo hoje, com todos os recursos eletrônicos, o Governo de Goiás ainda usa os famosos rolinhos com tinta de tipografia, com cheiro de traça - como a própria atendente sugeriu -, para imprimir as digitais. Pensa que é só esse o atraso? Não. Depois de sujar os dez dedos das mãos é que o contribuinte recebe a notícia de que não há papel para limpar os dedos.

Com um sorriso angelical, sem deixar de lado a ironia, a garota que fez todo o serviço, acrescenta: “Mas tem sapólio. Isso o governo paga!”.

É a Bombril descobrindo as novas necessidades do brasileiro!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Recomendação com Censura!

Sabe aqueles textos inteligentes que você queria ter escrito? Pois é!
Recomendo, mas com moderação. Como blogs não vêm com bula, leia antes de ler.

http://pegadassujas.wordpress.com/

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Para lembrar o Mestre Saramago, hoje, dia da sua ausência eterna!


"Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia"

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Um pedido de perdão


Hei de convir, e com a consciência um tanto quanto acima do peso... Eu pequei! Pequei contra a madrinha de Elza Tereza, a mais brasileira das portuguesas.

Não tive como deixar a minha máquina de café Nespresso a Deus dará, por aí. Comprei a minha – modelo que pouca gente tem (‘top da xicura’, já disse a alguns!) – em Lisboa, Portugal. Veio com tudo europeu, inclusive manual em português. Melhor, seria se eu não soubesse entender como funcionava a coisa! Mas fiquei feliz com o café!

Minha amiga Dani Carelli (esopsa do Beto, cara gente fina de Nerópolis – anos de farra quando Nova Veneza ainda era apenas a Nova!), ao saber da aquisição da novidade, já se manifestou. Ficamos compadres por um mero acaso do destino. Elza Tereza (nome da minha máquina de Nespresso - por causa das cores vermelho e preto... é uma longa história) tinha de ser reconhecida pela madrinha Dani. Pronto! Ela assumiu. De cara, deu um jogo de xícaras – também ‘top da xicura’ – para ficar ao lado de Elzita (apelido íntimo que a Nespresso ganhou!).

Certa noite, em uma daquelas reuniõezinhas regadas a muito álcool e cafeína, a comadre, didinha Dani, acabou, sabe-se lá por qual motivo, tomando o rumo de casa antes de todos os convivas, que ainda se deliciavam com a famosa berinjela à parmegiana, preparada por mim. Garrafas e mais garrafas de delícias (?) etílicas foram secas. Final da noite e Elzita começou a funcionar. E como funcionou! Satisfação plena, cada um procurou o ruma da cama. Nas suas casas, diga-se!

Acontece que, ainda naquela noite gastronômica, fotos do nectar que brotava de Elzita foram expostas em sites de bate-papo e de relacionamentos e, em pouco tempo, a didinha, comadre Dani, tomou conhecimento da orgia cafeínica e manifestou-se. Enérgica, brava, cuspindo fogo pelas ventas e balançando o cabelo de forma a esconder os olhos vermelhos de ódio. Não os vi, mas imaginei. E com razão! Logo ela, a dindinha e comadre Dani, não havia provado da primeira safra, o bastismo de Elza Tereza, por assim dizer.

Enfurecida, e com razão – reconheço! – tentei amansar a fera. Apoiadores e defensores da minha razão sem razão, nutricionistas, japoneses, profiossionais em tecnologia... todos partiram em minha defesa dizendo que a culpa tinha sido da madrinha desnaturada, que saíra antes do batismo. Fiquei calado. Aceitei o apoio, mas baixei a cabeça às críticas provenientes da dinda. “Logo ela”, pensava eu. Dormi perturbado.

Horas depois, com o sol alto, o álcool ainda não tinha abandonado o corpo em definitivo, recebo a mensagem mais calma de Dani. Sem estresse, sem rancores, sem tons acima dos 30 decibéis. Tudo havia voltado ao normal, com a promessa de um novo batismo, só para a madrinha e apoiadores da causa. Ela trará um novo presente e apoiadores da minha causa serão também padrinhos nas transversais, em todas as suas variáveis, e também trarão seus agrados à Elza Tereza que, em homanagem, receberá um sobrenome de cada um dos padrinhos. Sejam bem-vindos!