quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Agentes de trânsito viram paramédicos


Como eu sei que muita gente – cabos eleitorais, na verdade! – vai me jogar pedras depois de ler isso aqui, vou logo explicando: não sou contra administrações X ou Y. Apenas sou um cidadão que paga – no caso da Prefeitura de Goiânia, pelo menos tento pagar! – todos os meus impostos em dia, sou jornalista e ando muito. Vejo muita coisa errada acontecendo por esta cidade e tenho senso crítico. Uso de tudo que puder para me fazer ser escutado. Assim também exerço a minha cidadania. E farei isso sempre que me deparar com uma situação que eu acredite estar errada.

Pois bem, no início da tarde de hoje, quando voltava para casa e passava pelo cruzamento da Avenida C-182 com a rua C-139, no Jardim América, vi um carro do Corpo de Bombeiros parado e cerca de 10 a 15 agentes da Agência Municipal de Trânsito, a AMT. O motivo era um acidente com um agente de trânsito, que estava deitado no asfalto sendo atendido pelos bombeiros. Dois agentes controlavam o trânsito e os outros todos faziam roda em torno do colega caído no chão, já sendo atendido pelos bombeiros. Todos com as mãos à cintura observavam, em vão, o atendimento, já que agente de trânsito é agente de trânsito e não médico!

É bonito ver como há coleguismo em muitos órgãos públicos e como os agentes de trânsito são tão solidários. É bonito ver também como eles praticam essa solidariedade ali parados, sem fazer nada, olhando para um colega caído ao chão. Isso é o que eu chamo de “apoio moral”. Ninguém sabia e nem podia fazer nada, mas TODOS estavam ali, além dos dois que controlavam o trânsito, parados, olhando... Bonito mesmo seria se a algumas quadras abaixo do acontecido, na pracinha que fica no cruzamento das ruas C-148 e C-139, atrás do Hospital Jardim América a situação não estivesse caótica por causa de 19 carros que resolveram estacionar na parte central da praça, impedindo que a maioria dos carros pudesse passar. E seria bonito também se quando o contribuinte ligasse para a AMT fosse atendido e não recebesse a seguinte resposta da atendente: “Não temos viaturas disponíveis, senhor!”. Claro que não! Pois se estavam todas elas, com seus agentes, fazendo o cerco ao colega caído numa avenida, alguns quarteirões acima!

Então a situação foi a seguinte: um agente de trânsito sofre um acidente de moto. Corpo de Bombeiros e uma tropa de agentes seguem para o local. O trânsito para e passa a ser controlado por dois agentes. Os outros – uns dez! – estão ali do lado, parados, sem nada a fazer. Algumas quadras abaixo, carros estacionados em locais proibidos impediam o fluxo normal do trânsito. O cidadão-contribuinte liga para a AMT. A resposta da atendente é que não há viatura nem agente disponível para resolver o caso. Por que? Porque estão ali do lado, dando aquele apoio moral ao Corpo de Bombeiros e ao agente acidentado!

E depois que eu mando um recado ao vento pelo Twitter, sobre a situação, recebo a informação de que o houve um acidente e que o agente quebrou o braço. Sim! Que houve um acidente, eu mesmo informei. Sinto pelo braço quebrado do rapaz! Mas nada disso justifica aquele tanto de agente sem fazer nada ali e, possivelmente, atrapalhando o atendimento do Corpo de Bombeiros. E ainda recebo mais um recado da AMT: “OK respeitamos sua opinião.” (sic). Claro que quero que respeitem a minha opinião. Eu respeito a dos outros também. Mas quando se trata da ação do Poder Público, que sobrevive com o nosso dinheiro, é preciso mais que retórica e mais que respeito à minha opinião. É preciso aceitar a crítica, admitir o erro e agir da forma certa. Se há um carro estacionado em local proibido e atrapalhando o trânsito, numa quarta-feira, às 14h30, o agente tem de ir até o local e fazer o seu trabalho. Isso é multar corretamente. Não é colocar agentes às 6 horas da manhã de domingo, apostos em portas de igreja, com blocos e mais blocos de multa, para autuar carros estacionados no canteiro central, durante as missas dominicais (mesmo se a avenida for larga e não atrapalhar o fluxo!).

Então, vamos fazer o seguinte: ou a AMT coloca agentes e viaturas disponíveis para fiscalizar o que realmente atrapalha o trânsito – e aí eu me calo perante todo e qualquer arrastão da indústria da multa nos domingos de manhã, nas portas de igrejas – ou fecha os olhos a todas as infrações e passe a fazer cordão de isolamento em casos de acidentes. Apenas isso!

16 comentários:

Anônimo disse...

No mínimo, você é mais um sem noção que queria ter passado no concurso da AMT e não conseguiu tal façanha. Vai cuidar da sua vida! Ou melhor, vai escrever alguma matéria útil!

Anônimo disse...

Vai tomar no meio do seu cu filha da puta!! Viado!

Anônimo disse...

Acho q vc ta precisando de um pinto!

Anônimo disse...

Cara, concordo contigo em questionar tais ações, mas nestes 13 anos de agente de trânsito, aprendi algumas coisas do tipo: - minha visão da situação estando nela e minha visão da situação passando por ela, ou seja, não basta passar e tirar conclusões que as vezes podem ser equivocadas, o ideal para se julgar é tão somente conhecer a situação, e estando na condição de "passando" você infelizmente não tem conhecimento da situação. Sugiro que páre veja as necessidades do local, pois, já que a preocupação é a sociedade, penso que você mesmo estando com muita vontade de chegar em casa de pois de um dia de trabalho não se importaria em tentar ajudar ou sugerir locais para serem fiscalizados. A sociedade com certeza te agradecerá por isso ok.

Anônimo disse...

Claro, se está rezando pode cometer infrações né? Além de jornalista, deveria ser legislador ai sim você poderia determinar em quais situações um agente deveria autuar. Se não estou enganado sua indignação é de um infrator contumaz que está com a CNH recheada de pontos. Graças a “liberdade de expressão” e liberdade de imprensa, jornalistazinhos como você podem escrever a besteira que quiser. Aproveite seu blog medíocre e escreva mais.

Anônimo disse...

O jornalista deveria tomar cuidado com a informação que revela ao leitor pois ao contrário do que deveria ser, se mostra mal informado.Esquece que a categoria tem o direito de dar proteção ao atendimento do colega como também o faz com outras vítimas do violento trânsito. Em relação a essa fiscalização das igrejas no domingo, a informação correta é que a A.M.T. fiscalização devido a um ofício do Ministério Público exigindo que se cumpra o código de trânsito nesses locais motivado por reclamações de cidadãos que são prejudicados por pessoas que querem estacionarem seus carros quase dentro das igrejas e ignoram os problemas que podem gerar por quem transita por esses locais. Goiânia já tem mais de um milhão de veículos e tem gente que acha que está num interior ao estacionar seu carro ao lado do canteiro central num via movimentada(mesmo aos domingos)num setor nobre da cidade. Cuidado jornalista com o que fala o leitor espera veracidade e prudência do senhor nos seus artigos.

Anônimo disse...

O jornalista deveria tomar cuidado com a informação que revela ao leitor pois ao contrário do que deveria ser, se mostra mal informado.Esquece que a categoria tem o direito de dar proteção ao atendimento do colega como também o faz com outras vítimas do violento trânsito. Em relação a essa fiscalização das igrejas no domingo, a informação correta é que a A.M.T. realiza a fiscalização devido a um ofício do Ministério Público exigindo que se cumpra o código de trânsito nesses locais motivado por reclamações de cidadãos que são prejudicados por pessoas que querem estacionarem seus carros quase dentro das igrejas e ignoram os problemas que podem gerar por quem transita por esses locais. Goiânia já tem mais de um milhão de veículos e tem gente que acha que está num interior ao estacionar seu carro ao lado do canteiro central num via movimentada(mesmo aos domingos)num setor nobre da cidade. Cuidado jornalista com o que fala o leitor espera veracidade e prudência do senhor nos seus artigos.

Anônimo disse...

Se eu fosse vc, iria reclamar para o PaPa.

Anônimo disse...

Filho você não é o dono do tempo, como você mesmo se entitula?
Então porque você não vai cuidar do seu e deixa cada um viver o seu tempo? Vai procurar o que fazer...

Anônimo disse...

Bacana o texto. Parabéns!

Anônimo disse...

uia! ferveu...

Renato disse...

Não concordo com você. Em qualquer repartição pública teriam feito o mesmo em solidariedade ao colega. Acho que sua revolta se deve a muitas coisas entre elas a falta de noção, civilidade e de educação dos condutores goianienses (goianos). É lógico que há muitas coisas a serem corrigidas, mas em relação a esse fato, nada demais. Os agentes poderiam ter resolvido o problema que tanto lhe incomoda do bloqueio da praça, porém logo depois que eles se ausentassem o caos se formaria novamente. O que falta é civilidade e fiscalização, multas, advertências, não irão resolver um problema de animais que estão ao volante e se dizem motoristas. Já o apoio dado a um colega de trabalho, nem que seja "moral" como você mesmo disse, esse tipo de apoio não é paliativo. Sua opinião me parece a opinião de um velho ignorante, bruto e revoltado com própria vida por faltar pessoas que talvez te dessem o apoio "moral" que você tanto critica. A atitude humana que os agentes tiveram com o colega, talvez seja o que falta em pseudo-jornalistas que só falam e vivem da desgraça alheia e da miséria dos pobres.

Anônimo disse...

Sr. Dono do Tempo, vc acabou uma excelente oportunidade de ficar calado. Não há pé nem cabeça nessa tua historia, se queres mesmo tecer criticas aprenda sobre a vida e sobre o mundo pra não falar tanta merda em um só texto.
Att.
Dono de Nada.

Anônimo disse...

Fabrícia
Gente, que baixaria virou isso aqui! Se o cidadão faz uma queixa ou crítica é tratado como bandido, vem uma tropa de elite para xingá-lo e massacrá-lo! É preciso manter o bom senso e, principalmente, o respeito, pois embora os nobres agentes não se lembrem, somos nós, o contribuintes, quem pagamos seus salários. A crítica foi feita em alto nível, com educação. Na hora de rebatê-la, as pessoas também precisam usar a educação. Ao contrário do que se imagina, esse tipo de comportamento não denigre a imagem de quem critica, mas da Prefeitura de Goiânia, que mostra ter servidores destemperados e autoritários. Antes de exigir respeito, é preciso respeitar.

Anônimo disse...

É cada um que me aparece!!!! Agora criticam até a solidariedade e coleguismo dos agentes.

Sélby (Agente da AMT) disse...

Sélby,

Lamentável seu comentário acerca do acidente de trânsito do qual nosso colega foi vítima. Mas são comentários assim que "vendem", geram lucros e quiça uma matéria de capa num jornaleco de quinta categoria. Tem horas que me pergunto: onde foi parar a tal da IMPARCIALIDADE no trato com a notícia? Quem liga pra isso? o importante é vender matéria...ter centenas de acessos em seu blogzinho. Agora, mostrar o Agente de Trânsito controlando um cruzamento de vias onde o semáforo está apagado, nenhum "jornalista" quer, afinal, o argumento é sempre o mesmo: "Estão fazendo a obrigação". "Sou eu quem pago seus salários". Hoje a noite, parte de Goiânia sofreu com inúmeras quedas de árvores, bloqueio de vias (dentre elas, a Av. Caiapó no setor Santa Genoveva), estávamos lá, devolvendo ao contribuite cada centavo que nos pagam pelos nossos serviços. Agora te pergunto. Onde estavas brutus? Por que não comenta sobre isso também?