Atração

Sabe aquela Lei de Murphy que diz: “Todo cisco voando encontra um olho aberto.”? Pois é, a mim essa lei se aplica, mas no plural. É como se todos os ciscos que voam fossem partículas de metal e meu olho um grande ímã. É impressionante! Não há um dia, sequer, que não tenho, no mínimo, um cabelo dos cílios me arranhando o olho. Até quando estou usando óculos – o que é quase 24 horas por dia ou só tiro pra dormir – eles acham uma forma de dar uma volta rápida e entrar por baixo da armação. Uma aerodinâmica, uma desenvoltuuuura de espantar... Acho que eles são extraterrestres!

Hoje, sexta-feira, dia 06 de março, deixei meu carro na concessionária, ainda cedo, para a revisão. Então: step by step, all the day! Tudo começou no momento em que deixei o carro e ia saindo da concessionária: foi uma fila... eram 8h20 da manhã e o primeiro cisco no olho. Veio da rua. Eu pude imaginar a balística dele e quase poderia desenhar a rota, o balé que ele fez no ar, rumo ao meu globo ocular. Até às 21h20, quando comecei a escrever isto aqui, havia caído nada menos que 12 ciscos no meu olho, incluíndo cabelos e até mini-besouros. Que tal?

Dia desses acordei, tinha uma bolha de sangue no branco do olho esquerdo. “Pronto! Derrame ocular!”, blasfemei olhando pra cima. Santa Luzia que me proteja... e há de proteger. Se eu tiver dentro de um carro, com todos os vidros fechados e acontecer um redemoínho a 500 metros do veículo, creia: um cisco vai cair no meu olho! Pode escrever e registrar em cartório. É como se meu olho exalasse um cheiro que atraísse toda e qualquer partículo voadora.

Tá difícil. Imagine quando isso acontece no cinema... não acredita? Tenho provas! Além do mais, o olho fica irritado e todo mundo pergunta se você tá usando tóxico (com som de X mesmo). Será que existe uma forma de prevenção? Se alguém der notícia, please!, me passe por favor: simpatia, remédio, fecha-corpo (ou só fecha-olho!), despacho, eboh... whatever!